Dono do X, Elon Musk levanta acusações contra Lula e Moraes

Ataques de Musk surgem após Alexandre de Moraes intimá-lo no X, exigindo representante legal no BR,
Foto: InstagramElon Musk
Elon Musk

O bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), provocou uma controvérsia ao chamar o ministro da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes, de “tirano” e “ditador”, enquanto referiu-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “cão de colo”. Esses ataques vieram na esteira de uma intimação feita por Moraes através da própria plataforma de Musk, exigindo que a rede social X nomeie um representante legal no Brasil.

O confronto entre Elon Musk e as autoridades brasileiras intensificou-se após o bilionário encerrar as operações do escritório da X no Brasil no último dia 17, deixando a plataforma sem advogados constituídos no país. A situação se agravou na tarde desta quinta-feira, quando Musk compartilhou uma postagem afirmando que Moraes havia bloqueado as contas bancárias da Starlink, empresa de Musk que oferece serviços de internet por satélite. Esse ato, visto como uma retaliação por parte de Musk, agrava ainda mais a tensão entre ele e o governo brasileiro, em meio a uma disputa que pode afetar diretamente o futuro das operações de suas empresas no Brasil.

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Na publicação, Elon Musk, dono da rede social X, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “tirano” e “ditador do Brasil”. Além disso, Musk também atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se a ele como o “cão de colo” de Moraes. 

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Em outro momento, Musk respondeu a um usuário que sugeriu que suas empresas, Starlink e SpaceX, estariam sendo alvo de uma “retaliação ilegal” por parte da Justiça brasileira. Em resposta, Musk intensificou suas críticas, afirmando que Alexandre de Moraes é “um criminoso da pior espécie”. 

Esse tipo de linguagem e postura por parte de Musk reflete um momento de grande tensão entre o bilionário e as autoridades brasileiras, especialmente em relação às medidas judiciais que afetam suas empresas no país.

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Elon Musk, dono da rede social X, intensificou sua ofensiva contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, chamando-o de “um criminoso da pior espécie, disfarçado de juiz”. Essa afirmação foi feita após Moraes intimar Musk, exigindo que o X nomeie um representante legal no Brasil. A primeira reação pública de Musk foi uma montagem que retratava Moraes como um vilão de Star Wars, criada por uma ferramenta de inteligência artificial do X, chamada Grok. Na legenda, Musk fez referência a personagens sombrios de Harry Potter e Star Wars, sugerindo que Moraes seria como a fusão desses vilões, mas na figura de um juiz brasileiro.

À medida que o prazo para Musk cumprir a ordem de Moraes se aproxima – encerrando-se às 20 horas desta quinta-feira –, as tensões continuam a escalar. Se Musk não atender à exigência, Moraes poderá ordenar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que interrompa as operações da rede social X no Brasil. Essa ação teria um impacto significativo, obrigando todos os provedores de internet, incluindo a própria Starlink de Musk, a bloquear o acesso ao X no país.

Dado o histórico de Musk de confrontar as autoridades e a sua recente decisão de encerrar o escritório da X no Brasil, é provável que ele não ceda facilmente à intimação de Moraes. Se Musk optar por não cumprir a ordem, a Anatel poderá ser forçada a agir, resultando no bloqueio da rede social X no Brasil. Isso não só afetaria a presença do X no país, mas também poderia prejudicar a reputação de outras empresas de Musk, como a Starlink, que poderiam enfrentar penalidades por não cumprir a ordem judicial.

O desfecho dessa disputa pode ter implicações mais amplas, testando os limites da governança digital e da soberania nacional frente a grandes corporações globais. Se o X for de fato bloqueado, será um marco nas relações entre plataformas de tecnologia e o sistema judicial brasileiro, possivelmente influenciando como outras nações lidam com gigantes da tecnologia que operam em seus territórios.

A rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) já enfrentou ameaças de fechamento ou bloqueio em vários países, geralmente devido a conflitos com governos sobre questões de censura, regulamentação de conteúdo, ou cumprimento de leis locais. Aqui estão alguns exemplos de países  em que essas ameaças ou ações ocorreram:

1. Turquia

Situação: A Turquia já bloqueou temporariamente o Twitter em várias ocasiões, particularmente durante momentos de crise política ou social. O governo turco exige que plataformas de mídia social removam conteúdo que considera ilegal ou ameaçador à segurança nacional. Em 2014, por exemplo, o Twitter foi bloqueado após a disseminação de gravações de áudio que implicavam o governo em corrupção.

2. Irã

Situação: O Twitter está oficialmente bloqueado no Irã desde 2009, após os protestos em massa contra os resultados das eleições presidenciais. O governo iraniano censura fortemente a internet e as redes sociais para controlar a dissidência e evitar a disseminação de informações que considere subversivas.

3. China

Situação: O Twitter está completamente bloqueado na China desde 2009. A China opera um sistema de censura rigoroso conhecido como "Grande Firewall", que bloqueia o acesso a várias plataformas de mídia social ocidentais, incluindo o Twitter, para evitar a disseminação de informações que possam desafiar o controle do Partido Comunista Chinês.

4. Rússia

Situação: A Rússia tem aumentado a pressão sobre as plataformas de mídia social, incluindo o Twitter, exigindo a remoção de conteúdos que considera ilegais ou perigosos. Em março de 2021, a Rússia começou a desacelerar o tráfego do Twitter como uma forma de pressão, ameaçando bloqueá-lo completamente se a plataforma não cumprisse as exigências de censura.

5. Nigéria

Situação: Em junho de 2021, o governo nigeriano suspendeu indefinidamente o Twitter após a plataforma remover um tweet do presidente Muhammadu Buhari por violar suas políticas. A suspensão foi amplamente vista como uma tentativa do governo de reprimir a liberdade de expressão online.

6. Mianmar

Situação: Após o golpe militar em fevereiro de 2021, o governo militar de Mianmar bloqueou temporariamente o Twitter e outras redes sociais para conter protestos e dificultar a comunicação entre manifestantes e ativistas. Isso faz parte de uma repressão mais ampla à liberdade de expressão no país.

Fonte: Jovempan

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