Provedores brasileiros em alerta: Bloqueio do X gera consequências

Posição delicada dos provedores

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) alertou que os provedores de internet do Brasil estão enfrentando uma situação delicada em relação ao bloqueio do X. Desde a ordem de bloqueio emitida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, os provedores estão aguardando orientações da Anatel para lidar com a questão de forma apropriada.

Posição Delicada dos Provedores

De acordo com a Abrint, os provedores estão impossibilitados de agir por conta própria, uma vez que um bloqueio indevido poderia impactar empresas legítimas. A Anatel está acompanhando a situação e reportando ao STF, mantendo a fiscalização da ordem de bloqueio em vigor no país.

A agência reguladora destacou que não houve mudanças na decisão judicial, e o acesso ao X continua bloqueado em todo o território nacional. A utilização de artifícios tecnológicos para burlar a proibição, como o uso de VPN, pode resultar em multa de R$ 50 mil.

Desafios Técnicos com o Cloudflare

A Abrint explicou que uma atualização do aplicativo resultou em uma mudança para a utilização do Cloudflare, o que tornou o bloqueio mais complexo. Com IPs dinâmicos compartilhados com outros serviços legítimos, bloquear o acesso ao X sem afetar outras plataformas se tornou um desafio.

O Cloudflare, conhecido por sua segurança e performance na internet, dificulta a ação direta nos IPs e, consequentemente, a efetividade do bloqueio. Qualquer tentativa de bloqueio poderia prejudicar diversos serviços e empresas que compartilham a mesma estrutura de IPs.

Orientações da Abrint

A Abrint enfatizou a importância de que os provedores não tomem medidas isoladas e aguardem as diretrizes oficiais da Anatel para lidar com a situação. Enquanto isso, o X permanece bloqueado no Brasil, gerando impactos significativos no cenário da internet no país.

Diante desse cenário, a expectativa é de que as autoridades competentes forneçam as orientações necessárias para que os provedores possam agir de forma adequada, respeitando a decisão judicial e garantindo a estabilidade e segurança das operações de internet no Brasil.

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